Estudos vêm mostrando que a Covid-19 pode acarretar alterações prolongadas no sistema reprodutor masculino, mesmo nos casos leves ou assintomáticos.
Um dos aspectos é a diminuição da motilidade espermática, que representa a capacidade do espermatozóide de se deslocar e fertilizar o óvulo. Enquanto o índice normal é de 50% ou mais, em pacientes que tiveram Covid-19 o valor cai para 8-12%, mesmo um ano após ter contraído a doença.
Além disso, a SARS-CoV-2 tende a prejudicar a capacidade dos testículos de produzir espermatozóides e hormônios. Isso ocorre porque a Covid-19 provoca a inflamação do epidídimo, estrutura que armazena os espermatozóides. Outra peculiaridade é que, em um terço dos pacientes, essa alteração não acarreta dor, sendo detectada apenas com exames.