Há tempos, a sociedade uniu-se para alertar sobre os malefícios do cigarro. Essa longa e intensa campanha já colhe bons resultados. Em 2006, 15,7% dos adultos que vivem nas capitais brasileiras eram fumantes. No ano passado, esse número recuou para 10,1%. Ou seja, uma redução de 36%.
Porém, nas faixas entre 18-24 anos e 35-44 anos, o tabagismo apresentou leve aumento. Entre os mais jovens, o percentual foi de 7,4%, em 2016, para 8,5%, em 2017. No segundo grupo, a variação foi de 10% para 11,7% em igual intervalo de tempo. Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados pela Folha de São Paulo (ow.ly/A6zx30khsRh).
A alteração pode não ser tão elevada, mas é importante continuar com nosso esforço de divulgação, principalmente entre os mais jovens. É nessa época que muitos fumam pela primeira vez. É melhor conscientizar as novas gerações para evitar o tabagismo do que lidar com o desafio de abandonar esse vício que abre espaço para o surgimento de várias doenças.
A nicotina é uma substância altamente viciante. Como médico, já acompanhei a dolorosa trajetória de vários pacientes que, mesmo já sofrendo as consequências de fumar, tinham dificuldade em abandonar essa dependência.